Aquela cabeleira de fogo se alvoroçava ao vento, janela à fora. Abaixo, o caminhão do corpo de bombeiros já instalava sua escada para alcançar e apagar o incêndio, antes que espalhasse.
Além disto, nada ali indicava perigo. Nenhuma correria, nenhum desespero. Nada! No entorno, as pessoas nas ruas, circulavam tranquilas. Só eu, atônita, preocupava-me com a situação. O entra-e-sai no prédio parecia normal. Só os carros atrás do meu é que faziam algum alarde: é que, o sinal abriu e eu continuei no mesmo lugar. (É a pressa de não sei o quê).
Mas, tudo isso, foi por pouco tempo. Mesmo encasquetada com aquela imagem que me falava, tive que seguir o fluxo dos carros, da rua, do mundo... Olhei só mais uma vez àquela flâmula, que agora me acenava em despedida.
Sil,
28/02/2011
Sil é Designer, Animadora Cultural e escritora. É uma das participantes fixa do EnContos em Nova Iguaçu. Tem um livro de poemas publicado: Miscelânias de 2006.
Um comentário:
Cabeleira de fogo pra que tanta pressa, talvez pra não ver o feio que uma cabeleira de fogo revela quando vira rescaldo. Gostei!!!
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