quarta-feira, 8 de junho de 2011

Hoje a noite não tem luar.

O relógio marca 23 horas e 2 minutos, estou na praia. Já é tarde, o movimento está super fraco. E aqui estou eu, como todos os dias, abraçado aos joelhos, sentado na areia.

Estou esperando ela... Mas hoje, ela não apareceu.

Logo hoje, que estava ansioso para ver a sua luz, seu encantamento... Apenas ouvindo o som das ondas do mar quebrando.

Todo dia é assim, na noite escura e silenciosa minha alma vaga nos meus pensamentos.

Penso nas coisas que deixei de fazer: nos livros que deixei de ler, nos cds que deixei de ouvir, nas viagens que acabei deixando passar, nos abraços que não dei, nas coisas que por ser tímido não falei, nas historias, que como um filme passam em minha cabeça e não escrevi...

Pois é, na ausência dela é assim, reconheço minha vida vazia, que somente quando estou com ela... ela que carinhosamente apelidei de Denise, consigo esquecer, esquecer não! Apenas, não lembrar.

Seu encanto é maior que qualquer problema. No meio deste vazio e escuridão, o meu inconsciente se manifesta, com um grito interno; silencioso; expresso apenas no olhar, me questiono: Cadê Denise?

Danúbia Oliveira

Danúbia é uma das gratas surpresas que acontece em minha vida de organizador de movimentos para tirar escritores das gavetas. Surpreendente Danúbia se revela uma poeta, escritora sensível que começa agora, mas que mostra que tem muito ainda para mostrar.

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