domingo, 19 de junho de 2011

DMV – Luz - Djavan

O DMV desta quinzena versa sobre um dos discos mais impressionantes no que diz respeito à exuberância criativa de um artista: O Luz, LP de Djavan, 1982, CBS.

Gravado em Los Angeles, produzido por Ronnie Foster, Luz é o quinto disco de Djavan e representa uma enxurrada de canções que marcaram a carreira do cantor/compositor e também da música brasileira. Luz é composto de dez canções e simplesmente oito sucessos: Pétala, Açaí, Sina, Esfinge, Capim, Luz, Nobreza e Samurai. É a musicalidade de Djavan adicionada à tecnologia que Gil já utilizara em Realce, lançado em 1979, com orquestração de primeiro mundo e tecnologia de ponta.

Luz é um disco sofisticado e mais África, digamos assim, do que o Realce. Como sempre defendeu o nosso Roberto Lara, Djavan é todo musical e nada poético. De fato, a maioria das letras dele é ininteligível: Açaí, zum de besouro um imã... Mas, por outro lado, a pegada rítmica, o suingue e riqueza melódica são de arrepiar. Tanto é que Djavan é um dos artistas brasileiros mais gravados no exterior.

Samurai conta com a participação de Stevie Wonder na harmônica. Wonder dispensa maiores apresentações. Trata-se de um dos maiores músicos do mundo. E fez de Samurai uma música do planeta.

Luz é um disco divino. São poucos assim. Pouquíssimos, aliás. Há discos especiais e magníficos pelo conceito original de composição e podem ser considerados indispensáveis; Luz é indispensável musicalmente e tem um quê de simplicidade não simplória que arrebata os mais carrascos críticos. Amo Nobreza, amo Samurai, amo Sina, amo Esfinge, amo Pétala, enfim, amo Luz, o disco.

Se não ouviu, ouça. Se não amou, ame.

Marlos Degani é o colunista fixo da coluna DMV (Discos da Minha Vida).
Seu blog é: http://www.sanguedapalavra.blogspot.com/


5 comentários:

Vanessa Rodrigues disse...

Djavan é foda!!

Denise disse...

Vou ouvir esse cd.
Valeu por essa DMV!

Beluska disse...

Gostei da coluna. Gosto muito de Djavan - MPB é minha zona da conforto musical - e graças ao link vou conhecer as músicas Esfinge, Capim, Luz e Nobreza.

Interessante falar sobre a gravação do disco. Quem fala de música geralmente não se pormenoriza nisso.

Mas a gravação é a materialização da música em produto do artista. Assim como o livro para o escritor.

Falar sobre isso é dar valor a esses momentos mágicos onde todo o universo conspira pra que aquele produto nasça.

Muitas pessoas trabalham: compositores, músicos, intérpretes, mixadores, produtores. Muito trabalho é feito para que a gente possa curtir o que chamamos simplesmente de "música" ou "literatura".

A estes profissionais, meu agradecimento e total respeito.

Beluska disse...

Para quem gosta de novidades:

www.experimentoteca.wordpress.com

Tem sempre coisa boa rolando por lá.

:)

BLOGG DO SYLVIO NETO disse...

Puta Que O Pariu...Com Todo Respeito...Marlos É um Deus Vivo...Djavan...Luz É o Caralho...Quero Ouvir Naum...Quero Mermo É Ouvir e Ver Se possivel...Marlos...Marlos Degani...Em Sangue...Em Palavra..." Faça Tudo de Novo, Repita: E Você Não pegará O Filho Da puta"...Só Mesmo Ele Pra Achar Que O poema Não Vem...Porra Até Numa Simples Crônica O poema está contido...

Vocês São Oda de Foda!!!!
E Eu Acho Q Fiquei Bêbedo Com A Cerva E o Conhaque...Mais A vontedae...De Não szer...
sn