domingo, 19 de junho de 2011

Cerveja Filosófica

Não comecei este movimento. Demorei um tempo para embarcar nesta empreitada de Lafayette Suzano. Qual era proposta? Reunir um grupo de amigos no Bar Raízes e discutir filosofia. Filosofia é foda! Mas Alcides Eloy me convenceu a ir. Entendam, não é que eu não viaje em filosofia. É que filosofia é foda!

O lance era parecido com os EnContos (embora tenha acontecido muito antes deste). Um tema era escolhido numa semana e na seguinte, todos se encontravam com todas as defesas sobre tal idéia. Lafa anotava ou gravava toda a discussão e levava ou um dicionário ou um livro que desse a definição do tema e o pau comia!

Lembro-me bem da minha primeira reunião com o grupo. Não me recordo dos presentes, mas do tema sim: Os Novos Mitos. Fiquei espantado como a filosofia pode ser discutida com prazer ao lado de uma cerveja gelada e com gargalhadas e discursos ponderados e tantas vezes poéticos.

Só da minha primeira vez, foram amenas trocas de perspectivas. Em todas as outras vezes, o bicho pegava. Cerol fino. Não me esqueço das discussões sem fim entre André Eira e Jussara Freire. Não me esqueço de dedos em riste de Liriam Tabosa e de Mauro Almeida. Não me esqueço da cara de felicidade do Lafayette Suzano assistindo – e sempre com opiniões contundentes – o que exatamente ele queria. Porradaria.

Foram noites e noites de visões pessoais sobre: ética, amor, morte, solidão, sexo, loucura entre outros que disputavam tapa a tapa a noite com as estrelas. Sócarates, Aristóteles, Descartes, Tomás de Aquino, Bacon, Platão faziam festas no éter enquanto temas que nem mais me lembro, nunca chegavam a qualquer conclusão. Existe coisa melhor? Começávamos as 20h e íamos noite adentro.

Acho eu, que a única vez que chegamos a um senso comum, foi quando discutimos – numa noite quente – Deus. E depois de tantas imagens e descobertas matrixssianas, chegamos a um consenso: “Deus existe! Nós é que não existimos!” E foi uma gargalhada de felicidade! (ainda que a Felicidade, tenhamos discutido numa outra ocasião sem chegar a um veredicto). Quanto nos faz falta isso... Filosofar. Nem que seja, na mesa de um bar, como apenas mais uma desculpa para sair, encontrar amigos e beber.

6 comentários:

Vanessa Rodrigues disse...

Pata e memória de elefante.
Cada vez me surpreendo mais com o baú de coisas que você guarda na sua caixola. Haja história pra contar...

Taí uma coisa que eu deveria fazer mais: filosofar..

É meio que necessário nessa vida.

Denise disse...

"Filosofar. Nem que seja, na mesa de um bar, como apenas mais uma desculpa para sair, encontrar amigos e beber."kkkk
Adoro a idéia de inventar desculpa para beber com pessoas boas.

Gerusa Leal disse...

Adorei.

BLOGG DO SYLVIO NETO disse...

“Deus existe! Nós é que não existimos!” ...A frase Vai agora Pro Topo do MSN...
E meu set heimmm...Caraio bicho...Lendo você...Tentando Ouvir Uma Musica Na JB (pra saber o nome - que rola no site) pra Baixar...E vendo A Praça É Nossa...Santa Filosofia!!!!!
TÔ Morto...
abçs
sn

PIMPOSTOUR disse...

E os encontros acabaram?

Eu já falei destes encontros nos qutro cantos do Brasil!

Jocarlos Tavares

Montaraz disse...

Fala macho, tô querendo usar esse nome como CC rola?